terça-feira, 22 de setembro de 2009

À deriva





Morro de inveja de quem lê um livro apenas por lazer. Faz anos que eu não faço isso. A partir do momento que entrei na Universidade e comecei a estudar crítica literária, a minha vida como leitora não foi mais a mesma. Não tenho mais um olhar leve e despreocupado para uma obra literária. Nós, estudantes de Letras, sempre analisamos cada palavra escrita, já involuntariamente. É um inferno. Viramos os chatos, os pré-conceituosos, os metidos. Mas eu vou fazer o quê se Chico é clichê, se Paulo Coelho não possui identidade brasileira e não merece estar na Academia, se Dan Brown...? Sem ofensas para quem lê. Como já disse, eu invejo aqueles que conseguem ler essas coisas e achar bom. Pois agora são poucos os autores que achamos integralmente geniais.
Tem acontecido algo parecido em outra área. O "Geração Saúde" me fez aprender pouca coisa sobre imagem, sobre cinema, sobre ator. Digo pouca coisa porque não fiz um curso para isso. Estamos, nós do elenco, aprendendo tudo na prática. E assistir qualquer coisa (seja novela, seja série, seja curta, seja longa) virou um momento de análise também. Ontem, após a nossa reunião na VDG, eu, Rebecca (Leila) e Erick (Rafael) fomos ao cinema. E na hora nós escolhemos o filme nacional premiado "À deriva". Um filme "totalmente Dani", que com certeza, se Dani (nossa diretora) tivesse assistido, seria referência para a série. Adolescentes, praia... Lembra um pouco, eu disse um pouco, "Glue". Acho que pela fotografia, pelo fato de perder o foco, da câmera na mão, do movimento de cenas. Ficamos até o fim dos créditos o que nos fez lembrar a frase costumeira de Ferdinando :" Veja quantas pessoas estão envolvidas nesse projeto".
O filme é surpreendente. Eu fui ver a sinopse e achei que fosse sem graça. "Sinopse: Garota de 14 anos descobre que seu pai tem uma amante, enquanto inicia sua vida sexual". Mas não se pode colocar mais informações. Senão perde a graça. O filme não é clichê e nem apelativo. A protagonista, escolhida pelo orkut (Laura Neiva), é uma fofa. As cenas não são interpretadas, são vividas.
Eu, com minha mínima noção de cinema, recomendo. Se foi premiado é porque presta, né? Saibam BEM MAIS sobre o filme. Eu não tenho moral para fazer uma crítica mais profunda.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sensacional o filme. Gostei muito. Tô com um do Arnaldo Jabor aqui com a Fernanda Torres muito bom também. ;]