segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Rascunho sobre o Simbolismo

Mas bem rascunhado mesmo....


Jean Paul, um romântico alemão, diz que o ideal artístico é “poético-pictórico-musical”. E foi nas mãos dos simbolistas, no fim do século XIX que isso se tornou real. Em 1886, o poeta Jean Moréas publica o Manifesto Simbolista que inicia o movimento artístico. Digamos não o movimento, mas a estética simbolista (pois não foi algo bem difundido) se assemelha à música e à pintura. Na interpretação dessas modalidades artísticas há uma indefinição, uma fluidez, surge a capacidade de sugestão. E é tudo tão mental, tanta imaginação envolve esse processo. E o simbolista é totalmente sugestivo. O poeta simbolista nada diz, ele apenas sugere.
Paul Verlaine afirma em “Art Poétique” : “ De La musique avant toute chose...” (“A música acima de tudo”). Para conseguir tal aproximação da poesia com a música, os simbolistas usam de artifícios que deixam o poema bem mais sonoro. Usam aliterações (que são as repetições dos fonemas consonantais) e assonâncias (que são as repetições dos fonemas vocálicos). Há uma instrumentação verbal, como diz René Ghil. Ora, a voz com seu timbre, com a sua tonalidade e seus valores harmônicos é um instrumento musical. E quando a voz passa pelas vogais e consoantes estrategicamente organizadas nos poemas simbolistas, se formam acordes poéticos e o poema se torna musical.

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