quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

00:16 23/12/2009

É véspera da véspera de natal. E eu, pra variar só um pouco, estou sem sono. Quer dizer... Eu to com sono, mas sabe quando você se deita, vira prum lado, vira pro outro e por mais que você boceje vem um monte de coisa na sua cabeça que não deixa você dormir? Eu só não quero ficar acordada às 3 da manhã: dizem que é a hora do demonho e eu, como crente fulêra que sou, tenho medo dos espiritos que podem surgir debaixo da minha cama.
E o que se passa na minha cabeça carente? Todas as coisas que me aconteceram esse ano de 2009. Isso é até uma deixa pra fazer uma retrospectiva...
2009 foi o ano mais surpreendente da minha vida, eu acho. Sim. Coisas inesperadas aconteceram. Boas e ruins. Vamos pras coisas ruins logo... O legal das coisas ruins é que elas se apagam da minha memória. É... Eu pensei muito sobre essa minha defesa mental. Eu geralmente esqueço os detalhes, ou até o fato ocorrido, se o que aconteceu foi ruim. Mas eu não sou nenhuma anormal não. Creio que mais gente deve ter isso. Né? Não me deixem pensar que eu sou um ser de outro planeta. [pegar a agenda pra lembrar dos acontecimentos ruins]
Peguei agora a minha agenda bonitinha de menininha meiguinha. 2008 deve ter sido um ano muito ruim pra mim... Na primeira página da agenda tem escrito: "eu só quero que as coisas se ajeitem". Realmente, minha cabeça deveria estar mais confusa do que ela já é. Mas digo com firmeza que o inicio de 2009 foi arduo pra mim e para meus colegas de curso: aulas de fonética e literatura portuguesa I.Aguentar Cirineu Stein e Beliza Aurea não é algo que você faz numa rede tomando água de côco. Depois do contato com essas duas criaturas você precisa de terapia e de uns antidepressivos. Não é exagero. Por conta dos foras que o professor de fonética (cirinalata) deu na minha colega de curso Aline, a coitada chora até quando vê uma formiga dando um carão numa cigarra. Eu fui traumatizada numa apresentação de um seminario sobre os Lusíadas em que a professora Belze... Opa.. Beliza me disse que um academico de Letras não conta historinha (depois me mandou pegar o giz e escrever no quadro umas coisas que ela dizia. isso é... ela apresentou o meu seminario).
Ah... Outras peças polêmicas: Goya e Zélia Let's Go. A professora Bernadete (Goya) de Literatura portuguesa II fez o favor de deixar todos os seus alunos sem dinheiro depois de uma aula maravilhosa no Maison Savoir. E quanto à Zélia... Bem... Depois que ela me disse que Tolkien foi uma mulher que ficou milionária na atualidade... Er... Cirineu, Beliza e outros professores diabólicos não chegam aos pés de Zelia Bora. Vivianne do Bu que o diga.
De fato aconteceram muitas coisas tristes também. Falo tristes de verdade. Seu Milton, o pai do meu ex namorado, faleceu este ano. E eu não tenho muito o que comentar a respeito disso.
Sofri muito com relacionamentos também. Am... É melhor deixar as coisas ruins pra lá. Já esqueci, pronto.
Coisas boas agora. O que seria bom, maravilhos, sensacional pra Edja Camila? Ora... Trabalho! Esse ano eu trabalhei bastante...Escrevi artigos, estudei coisas que gosto muito, trabalhei em projetos da universidade... Viajei pra Salvador, conheci pessoas muito legais (mesmo que virtualmente), me reconciliei com pessoas queridas, amei muito nesse ano... Passei em testes surpreendentes, trabalhei e ainda vou continuar trabalhando com algo que me faz um bem danado: arte.
Ah... Ganhei um cachorro também. Isso é bom? "Ás X" é. Agora, por exemplo, eu quero que ela morra... Rá... A maldita acorda essa hora, vem pro pé da minha cama, chora, eu puxo pra perto de mim, ela me morde e ainda faz xixi no meu lençol cheiroso...
Já está na hora de fazer promessa pro ano que vem? Bem, algumas já foram feitas. Vou no Rio, vou em BSB, vou voltar a dançar, voltar a minha vida normal depois do geração saúde. O resto... Sabe que eu não quero nem me preocupar com isso?

Vou tentar dormir...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ontem foi a nossa vez


Começou! Finalmente começou! E estamos tão empolgados... Depois de um bom tempo tentando sair do ócio nós entramos no set. Como o dinheiro tá curto, a equipe foi reduzida e as gravações mudaram de estilo. Antes nós gravaríamos por episódio. Agora nós gravamos por locação. E ontem foram, pra mim, umas 3 cenas do episódio 13.
Carla, Fátima e Tapioca foram fazer um trabalho da escola na casa de Bira. Isso me lembrou as tardes nada produtivas de trabalhos em grupo na casa de amigos. Era tão massa! A gente fazia tudo, menos o trabalho. Eu acabava fazendo o resto sozinha em casa... Mas enfim...
Cheguei cedo, pensando que ia ser a primeira. Mas Hytalo (Bira) e Úgor (Tapioca) já estavam por lá. Logo depois Mirtthya (Carla) apareceu e a demora da produção foi bem aproveitada por nós que passamos o texto. Essa cena era muito fácil, mas como a gente nunca tinha passado na vida... Rolou uma tensão. Acontece que estava eu rodeada de ótimos atores. Isso facilitou bastante o trabalho de todos.
Chegou uma nova Ju na produção. E a nova Ju é loira e bronzeada. O que acontece quando uma menina dessa, com tatuagem beirando na bunda, aparece na frente de dois adolescentes? Pois é... Ela passava... A concentração ia embora... E eu eu Mimi só escutávamos: "Ui, delícia". Ela atrapalhou nossa passassão de cena. #prontofalei
Enfim. Gravação... Coisa chique.. E ao invés da kombi de todo dia nós fomos é de van para a locação. Maldita locação. Quentíssima locação. Lá no Cabo Branco... De lado da praia... Vento nenhum entrava. Só via o povo pingando de suor. Maquiagem foi feita, cabelo arrumado, cenário preparado, luz, câmera, AÇÃO! Mas primeiro foi só ensaio... =] Marcamos a cena, suamos um poouco, passamos o texto, pingamos mais um pouco... Quando o texto estava bem montado e as marcações bem ensaiadas nós escutamos o verdadeiro "AÇÃO" da doce boca de Dani Cucci... Olhei pra Mimi... Tensa... Olhei pra Hytalo... Tenso... Olhei pra Úgor e ele disse: "Eu preciso fazer cocô"! E assim entramos em cena. Claro que não gravamos de primeira. A cena, no plano geral, foi rodada umas quinhentas e vinte e cinco vezes. Foi bom pra pegar o texto e decorar todos os nossos gestos (tem que se ligar na continuidade). Mas Hytalo ficou muito nervoso... Ainda mais com a queda maravilhosa que ele levou assim que "sentou" na cadeira. E isso atrapalhou um pouco. Mas depois, quando fomos gravar o plano fechado (close em cada personagem) foi bem mais rápido. Digo rápido sendo otimista... Gravar umas seis vezes ou mais pra cada pessoa é cansativo. Um carro passava, um avião passava, um ovni passava e o cara do som mandava a gente parar e recomeçar. E o calor? Também contribuiu... Cada ator tinha um lenço (de papel higienico) pra tirar o brilho... Mas Ary ( o maquiador) sempre entrava pra dar um tapinha a mais... Nuunca fiquei com tanto pó e suor na cara. Quase perto das 13 horas nós paramos pra um intervalo. Naquela hora já éramos atores bem experientes... =]
Almoçamos... Escovamos os dentes... Colocamos de novo o figurino (que a figurinista passou ferro pra secar o suor) e voltamos pra mais duas cenas... Mesmo sendo ameaçados por lançamendo de saliva do baixinho da arte, pelo suor do homem das cavernas (ex Bolinha), pelo bom humor sarcástico de Docinho, pelas loucuras de Macabeia, e por um refletor maldito que quase caía em nossas lindas e maquiadas cabeças, nós fizemos caras e bocas até umas 16h e alguma coisa...
Minhas cenas tinham terminado por ali, fui liberada. Comi uma maçã, devolvi as roupas e os acessorios, dei beijo em todo mundo da equipe (que são maravilhosos) e fui eu toda maquiada e com o cabelo todo arrumado andar pela praia do Cabo Branco em busca de uma parada de ônibus para ir pra casa. Tava paracendo uma fã de Crepúsculo....
Cheguei em casa zumbizando. E olha que só foram 3 ceninhas pequenininhas... Imagina quando for cena carregada? Eu morro de vez.

Obrigada, Dani, Pedro, Ferdinando, Docinho, Negão, Ary, Rome, Mari, Tia, Ju, Bolinha, Douglas, Renatos,Italo, Élida e todo mundo eu eu esqueci. São todos sensacionais!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

Ultima parte preguiçosa do diário de bordo do dia 16 de outubro de 2009

Pois é. Quando abro a porta... Duas camas desarrumadas! Mas éramos três! E somos dignas de um quarto limpo, não? Nao fomos as únicas: João, Samuel, Alfredo e Iberê sofreram a mesma coisa. Depois de muita espera nosso problema foi resolvido. Os meninos acharam um quarto lá e nós fomos transferidas para a ala dos fumantes. Ah, nem liguei pra isso! Eu queria um banho. Queria minha cama. Dormi.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Diário de Bordo do dia 16 de outubro de 2009 parte 2


Depois de mais de 15 horas de viagem (acho eu), depois de ver todos os filmes relacionados à peça, depois de me empanturrar de pastel doce trazido por Inaldo (nosso guia), depois de fazer xixi em banheiro fedido, finalmente senti o cheiro do acarajé, escutei o som do berimbau... Cheguei delirando de fome (sim, porque se empanturrar de pastel é encher só o buraco do dente) e de cansaço... Chegamos em Salvador! Acho, não lembro, que eram uma 10 horas da noite. Não. Era mais... Eu quero crer que era mais.

Fomos comer no Habbib's que era mais perto e barato. Lá tivemos o primeiro contato com os nativos. Me frustrei. Tinha mais negro no nosso grupo do que no recinto. Mas se formos falar de qualidade, NÉ SARINHA? O garçom, único negro, era um rapaz bem apessoado e tal (pra não dizer que ele era um negão gostoso e pá). Nos atendeu divinamente. Agora eu penso se também não foi delírio.

Pelo tempo que levei observando as ruas com seus semáforos alienígenas (eram tão estranhos) percebi que Salvador é enorme. O Hotel era um pouco meio distante do Habbib's... Ou será que foi mais um delírio? Só lembro das pessoas pegando suas chaves no Hotel San Marco (que não era tão bonito como na foto) e eu peguei a minha. Me uni a Taciana e Vivi e subimos a escada de emrgencia em direção ao primeiro andar (vivi tem medo de elevador). As malas estavam tão pesadas, minhas pernas estavam tão pesadas, os meus olhos estavam tão pesados...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Diário de Bordo do dia 16 de outubro de 2009 parte 1


Embarcamos todos às 5:40 da manhã de frente à Fazendo Arte. O ônibus ainda estava limpo e os tripulantes ainda tinham um bom cheiro. Valeska ainda conservava o bom humor. Mas o sono prevalecia. Todos estavam empolgados com a viagem. Mas o sono prevalecia.
Guardei minha bagagem e acomodei Vivi no seu lugar (tirando o apoio de braço e deixando espaço pra ela deitar). Escolhi meus companheiros de viagem: João Moita e Clara Nóbrega. Capotei. Dormi. Devo ter sonhado, todavia nem me vem à cabeça o sonho. Só sei que quando acordei o sol já tinha aparecido, assim como o nosso guia (Inaldo) que já nos mandava olhar para a nossa esquerda e ver algo de grande relevãncia como pedras, pistas, placas...
Paramos numa cidade chama Escada, se eu não me engano, pra tomar o café da manhã. Eu ainda tinha comida de casa dentro de mim. Só que teríamos muitas horas na estrada até chegarmos em outro local de comilança. Catei Vitória, passamos no banheiro e fomos ao balcão escolher a comida. Assim... Não era o lugar mais limpo... Tinha até vômito na entrada. Então eu lembro das caravelas portuguesas e imagino que a situação lá seria bem pior. Peço meu pão com queijo, meu suco de laranja (pedi o mesmo pra vitória) e rio das piadas do balconista. Aliás... Esse balconista precisa de um post só dele! Era sensacional.... Ele fazia cada coisa com os copos! E eu estava sem a máquina nessa hora... Droga.
Rolaram partidas de adedonhas, de uno, de sono... É pronto.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

UFPB CCHLA - a espera das 20:40


Devia ter trazido meu crochê. Nem trouxe todos o textos... Li uns de Literatura Brasileira e descobri que tenho duas cópias de cada. Reli textos de Literatura Portuguesa pra ver se passava o tempo. Se passou uma hora na congelante biblioteca setorial de Economia. Pra comer minutos eu andei devagarinho até o DLCV (Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas)e tentei descobrir se meu fichamento de Literatura Brasileira foi entregue à Marli. Foi inútil... Aqueles funcionários sequer sabem o nome dos professores... Só sabem escutar Michael Jackson e comer pipoca Boku's.

Aí fui na praça, né? Quanta falta os meus amigos da manhã me fazem. O pessoal da noite é até legal. Mas observar as criaturas estranhas que residem na praça da Alegria não tem graça quando se faz isso sozinha. É triste a ausência dos comentários maldosos de Mábia, Estêvão, Laís, Vivianne e Maynne. Assim como as aulas não têm o mesmo sabor sem as piadas geniais de Bruna. Dei uma analisada de longe. Percebi que a estranah da praça agora sou eu. Pois é... Eu não sou "porralouca" e nem vou no anfiteatro beber vinho e fumar maconha com a galera de psicologia.


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Neste momento Anderson (coordenador do curso de filosofia) entrou e me deu um abraço bembom. ^^

Depois o padre entrou e eu tive uma lenta aula de literatura. Lenta e muito boa. Só eu fiquei acordada!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Trailler

http://www.youtube.com/watch?v=Tot5zvDh_a8

Trailler de "À Deriva"

À deriva





Morro de inveja de quem lê um livro apenas por lazer. Faz anos que eu não faço isso. A partir do momento que entrei na Universidade e comecei a estudar crítica literária, a minha vida como leitora não foi mais a mesma. Não tenho mais um olhar leve e despreocupado para uma obra literária. Nós, estudantes de Letras, sempre analisamos cada palavra escrita, já involuntariamente. É um inferno. Viramos os chatos, os pré-conceituosos, os metidos. Mas eu vou fazer o quê se Chico é clichê, se Paulo Coelho não possui identidade brasileira e não merece estar na Academia, se Dan Brown...? Sem ofensas para quem lê. Como já disse, eu invejo aqueles que conseguem ler essas coisas e achar bom. Pois agora são poucos os autores que achamos integralmente geniais.
Tem acontecido algo parecido em outra área. O "Geração Saúde" me fez aprender pouca coisa sobre imagem, sobre cinema, sobre ator. Digo pouca coisa porque não fiz um curso para isso. Estamos, nós do elenco, aprendendo tudo na prática. E assistir qualquer coisa (seja novela, seja série, seja curta, seja longa) virou um momento de análise também. Ontem, após a nossa reunião na VDG, eu, Rebecca (Leila) e Erick (Rafael) fomos ao cinema. E na hora nós escolhemos o filme nacional premiado "À deriva". Um filme "totalmente Dani", que com certeza, se Dani (nossa diretora) tivesse assistido, seria referência para a série. Adolescentes, praia... Lembra um pouco, eu disse um pouco, "Glue". Acho que pela fotografia, pelo fato de perder o foco, da câmera na mão, do movimento de cenas. Ficamos até o fim dos créditos o que nos fez lembrar a frase costumeira de Ferdinando :" Veja quantas pessoas estão envolvidas nesse projeto".
O filme é surpreendente. Eu fui ver a sinopse e achei que fosse sem graça. "Sinopse: Garota de 14 anos descobre que seu pai tem uma amante, enquanto inicia sua vida sexual". Mas não se pode colocar mais informações. Senão perde a graça. O filme não é clichê e nem apelativo. A protagonista, escolhida pelo orkut (Laura Neiva), é uma fofa. As cenas não são interpretadas, são vividas.
Eu, com minha mínima noção de cinema, recomendo. Se foi premiado é porque presta, né? Saibam BEM MAIS sobre o filme. Eu não tenho moral para fazer uma crítica mais profunda.

sábado, 12 de setembro de 2009

Casa de Macaco

http://www.youtube.com/watch?v=HyfcOriVKBM

Acabei de chegar da casa de Macaco e Pablo. Divertido pacas. Pena que todo mundo tem que acordar cedo...

Aí vai um vídeo que me faz ter saudades dos tempos de ócio na praça da alegria em que eu, Dio e Pablo cantávamos com entusiasmo assustando todos os bichos grilo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

De morte

Gente, graças a @drix182 tive a oportunidade de ficar noiada com morte hoje. Para que vocês tambem se inspirem eu indico um site mórbido.
http://ifidie.org

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ao som de Baluarte


Eu sabia que a minha fase disposta e saudável ia passar logo logo. Ontem eu não fui caminhar. Tive ensaio do Geração Saúde com o núcleo de Danilo e Fátima. Foi muito bom. Muito produtivo. Passamos uma manhã inteira vivendo as personagens de forma intensa. Refizemos algumas cenas fortes, como a que Fátima conta a Danilo que acha que está grávida. Essa história de trabalhar as duplas isoladamente foi muito legal Nós ficamos mais concentrados e tanto a preparadora (Marcélia Macabeia) como a diretora (Dani) conseguem trabalhar melhor conosco. Finalmente eu e Rafael encontramos Fátima e Danilo. E é muito bom escutar isso de Dani. Enfim. Isso me deixou bastante aliviada. Eu tava aperrida em não conseguir tornar Fátima real.
À tarde eu fui na casa de vovó. Fazia tempo que não aparecia pro lá. Estava com saudades. O melhor é ouvir "Camila, tu tá muito magra" e receber em seguida um pedação de bolo com queijo manteiga.
De noitinha eu desci pra praia. Encontrei com Pablo. Conversamos bastante. Pablo tem sido um amigão. E nossas conversas divertidas technovikinganas duraram uma noite longa até o fim do show da banda Impulso no John People. Por falar em John People... Minha gente que bar caro! O petisco mais barato, uma porção de batata frita, era coisa de dez reais... As outras coisas eram vinte e tralalá. Mas valeu a pena. A banda fez um show muito divertido tocando musgas dos anos 70, 80 e outras mais recentes. Eu dancei muito na minha cadeira. De lá peguei carona com Rodolfo e chegamos conversando nostalgicamente em casa lá pelas 2 da manhã. Daí eu não dormi direito, né? Acordei cedo hoje... Não caminhei... Fui na casa de vovó. Soono... Daqui a pouco vou dar aula... Soono... To com medo de ser expulsa do projeto... Soono...

terça-feira, 8 de setembro de 2009


Hoje eu comecei o dia bem. Não sei se foi pelo descanso do feriado. Acordei cedo e disposta. Moro há 5 anos de frente ao CIEF (que é um lugar com várias quadras, piscinas e pistas de corrida. não se iluda, tá tudo acabado) e nunca tinha ido caminhar por lá de manhã. Eu não gosto muito da ideia de ficar andando em círculos. Mamãe que gosta: "Hoje eu dei dez voltas correndo". Pensei em ir á praia, passar pelo Cabo Branco. Mas eu já to muito queimada... E se eu ficar um pouco mais moreninha Ari (o maqueador) me esquarteja. Fora que ia gastar passagem. Então coloquei Beatles no mp3 e lá fui eu. Caminhar de manhã tem todas as vantagens. O sol não está tão forte e as plantas ficam com uma cor lindamente dourada. E ainda tem um monte de passarinho. E o cheiro do café da manhã... E o movimento de todos indo pro trabalho e você pensando: "Eu nem vou trabalhar hoje, ó"!
A concentração de idosos é incrível. Eram poucos jovens... Que eu tenho visto tinha só um menino correndo em direção contrária da minha. O resto era a galera massa da terceira idade. Tinham poucos casais. Muitos estavam sós. Estes estavam muito perfumados, com o cabelo impecável, com a roupa passadinha, e óculos de sol enormes. Os homens caminhavam, as mulheres dançavam numa sala um twist. O clima de paquera estava no ar. Eu não paquerei velhinho nenhum. Só me socializei com um passarinho preto e branco que não pula como o pardal. Só fiz observar. Os idosos são tão felizes e tão dispostos pra viver. Eu os invejo. Meus avós mesmo saem às 4:00am pra caminhar na praia. Enquanto que eu fico dormindo um pouco mais e acordo mal humorada e com preguiça de arrumar a cama.
Meu padrasto fala que com o tempo nós vamos perdendo o filtro. Taí outra coisa que eu invejo... Eles falam o que querem e não estão nem aí. Fazem o que querem e a nossa reação não passa de " ah, eles são velhos... deixa.". Eduardo tá perdendo. Ele tá começando a ficar tarado (risos). Passa uma guria e ele só falta sugar a baba. De manhazinha, quando nós vamos tomar guaraná no Açaí da Praia, ele fica olhando pras menininhas da bike, descaradamente.
Voltando aos esportes. Enquanto eu caminhava tentando acompanhar o ritmo das músicas (isso é muito difícil) os velhinhos corriam. Eles corriam. Elas corriam. E eu caminhava. Me envergonho um pouco, não tenho a mesma resistência que eles têm. Vou tomar vergonha na cara... Porém, por enquanto que não consigo chegar num trote, eu fico observando as coisas engraçadas do CIEF, me divertindo com as velhinhas dançando twist e os velhinhos galanteadores.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

29 de agosto de 2009, Sábado, madrugada

Acordei me sentindo só. É. Só. Pode ser que eu esteja fazendo drama. Geralmente é isso que acontece quando acordo do nada no meio da madrugada. Meus sentimentos ficam exagerados. Mas hoje eu me toquei que Samara não está mais presente. Por mais que more aqui perto. É só caminhar uns dois, três quarteirões. Percebi que os meus amigos da universidade também não estão mais presentes. Vou ter que transferir meu curso pra noite. Vai ser difícil vê-los. Conheci pessoas maravilhosas no projeto Geração Saúde. Mas creio que eu não me encaixe na vida delas. E pra completar minha mãe não ta em casa. Eu queria manha.
É ruim acordar com a sensação que não tem alguém pensando em você. Não falo de namorado não. Pela primeira vez na minha vida pós 15 anos que eu penso em não ter namorado. Falo de amigo mesmo. De alguém pensar: “Poxa, Dija é uma pessoa tão legal”. Aí me vem a pergunta. Será que eu realmente sou “legal”? Não quero ninguém comentando no blog que eu sou legal. Isso aqui é só um desabafo madrugal, que com certeza vai ser visto de uma forma ridícula por mim mesma alguns minutos depois que eu terminar de escrever.
Olha, ta vendo? Já desisti de escrever. Tsctsctcstscstsctsc.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Direto da cama 2




Está aqui o cartaz que o médico me mostrou. =]

Direto da cama




Bom. Eu não viajei, eu não tive contato com nenhuma pessoa contaminada e por mais que eu esteja solteira, eu não beijei um porco. Mas mesmo assim a minha nóia prevalece. Eu invento todo um conjunto de sintomas que enlouquecem minha mãe. Já fui no hospital duas vezes e nada. Ontem eu senti meu corpo quente e Ferdinando (produtor de elenco) mediu minha temperatura, que deu 37°C. Minha garganta doía e não conseguia respirar direito. Mas eu tava sem tosse. Tudo que eu senti me amoleceu bastante e quando cheguei em casa... Fui no médico, né? Fui toda dramática com o Doutor Antônio... E a primeira coisa que ele me disse me frustrou: "Filha, 37°C não é febre". Morri de vergonha. E comecei a temer minha mãe desde já. Sim, porque sinhá com certeza ia me pôr no tronco por fazer ela sair de casa pra nada. Depois ele olhou minha garganta e viu o quão inflamada ela estava... Disse que tinham dois tomates alojados na minha garganta. Menos mal. Saí de casa com um problema mesmo... Mamãe não saiu por nada. Eu estou doente sim. "Mas estar doente não é bom, Camila lerda. E tu vive doente! Tá merecendo umas peias!". Aff. Enfim. Logo depois o médico verificou minha respiração. E lá foi escrever tudo no meu prontuário e me falar tudo direitinho: "Filha, fique tranquila, você não tem gripe A. E olha só, pense bem, reflita bastante... Não venha no hospital por pouca coisa. Por algo que você pode curar com um analgésico". Me receitou um anti-inflamatório e se direcionou a um cartaz: "Vamos ver... Você só venha no hospital se sentir algo assim". Aí falou dos sintomas da gripe A. E nós conferimos um por um. E claro que eu não tinha nada. "Filha, se alerte quando você tiver a febre de 39°". Fiquei mais aliviada. Sério. Eu juro. Essa noite eu dormi como um anjo. Quanto à falta de ar o médico disse: "Vejo que Camila é um pouco ansiosa... Esta falta de ar com certeza é psicológica". =/ A falta de ar ainda persiste...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Boa noite

Veux-tu donc partir? Le jour est encore éloigné
C'était le rossignol et non pas l'aloustte
Dont le chant a frappé ton oreille inquiete;
Il chante la nuit sur les branches de ce grenadier,
Crois-moi, cher ami, c'était le rossignol.



Boa-noite, Maria! Eu vou-me embora.
A lua nas janelas bate em cheio.
Boa-noite, Maria! É tarde... é tarde...
Não me apertes assim contra teu seio.
Boa-noite!... E tu dizes — Boa-noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não mo digas descobrindo o peito
— Mar de amor onde vagam meus desejos.

Julieta do céu! Ouve... a calhandra
Já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti?... pois foi mentira...
... Quem cantou foi teu hálito, divina!
Se à estrela-d'alva os derradeiros raios
Derrama nos jardins do Capuleto,

Eu direi, me esquecendo d'alvorada:
"É noite ainda em teu cabelo preto...
"E noite ainda! Brilha na cambraia
— Desmanchado o roupão, a espádua nua—
O globo de teu peito entre os arminhos
Como entre as névoas se balouça a lua...

É noite, pois! Durmamos, Julieta!
Recende a alcova ao trescalar das flores,
Fechemos sobre nós estas cortinas...
— São as asas do arcanjo dos amores.
A frouxa luz da alabastrina lâmpada

Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos.
Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,

Que escalas de suspiros, bebo atento!
Ai! Canta a cavatina do delírio,
Ri, suspira, soluça, anseia e chora...
Marion! Marion!... É noite ainda.
Que importa os raios de uma nova aurora?!...
Como um negro e sombrio firmamento,
Sobre mim desenrola teu cabelo...
E deixa-me dormir balbuciando:
— Boa-noite!, formosa Consuelo!...

Castro Alves

Os três amores

I
Minh'alma é como a fronte sonhadora
Do louco bardo, que Ferrara chora...
Sou Tasso!... a primavera de teus risos
De minha vida as solidões enflora...
Longe de ti eu bebo os teus perfumes,
Sigo na terra de teu passo os lumes...
— Tu és Eleonora...


II
Meu coração desmaia pensativo,
Cismando em tua rosa predileta.
Sou teu pálido amante vaporoso,
Sou teu Romeu... teu lânguido poeta!...
Sonho-te às vezes virgem... seminua...
Roubo-te um casto beijo à luz da lua...
— E tu és Julieta...


III
Na volúpia das noites andaluzas
O sangue ardente em minhas veias rola...
Sou D. Juan!... Donzelas amorosas,
Vós conheceis-me os trenos na viola!
Sobre o leito do amor teu seio brilha...
Eu morro, se desfaço-te a mantilha...
Tu és Júlia, a Espanhola!...

Castro Alves

domingo, 2 de agosto de 2009

Domingo de manhã


Acordar às dez não é normal para mim. Mesmo nos fins de semana eu gosto de acordar cedo. Mas é que... Eu tava cansada demais... Fora que eu menstruei... Sendo assim... "Meu mundo caiu". Eu fico acabada quando o sangue desce. Dor em tudo que é canto e mole eu fico até o pensamento. É simplesmente horrível.

Mas voltando ao Domingo. Eu queria ter acordado cedo, ter ido à praia, tomado um "Guaracitro com Hortelã", passado no supermercado e comprado o café da manhã. Acordar na metade da melhor parte do DIA é muito triste, minha gente. É... Eu adoro a manhã. E sabe que eu odeio o Domingo? Não é porque depois do Domingo vem Segunda, isso é normal. É que no Domingo tá todo mundo em casa. Simplesmente todo mundo: Eu, André (meu irmão que está servindo ao Exército), Lucas (meu irmão do meio), Vitória (a Murta), Mamãe, Eduardo (é o pior de todos. Apesar de preparar a comida e tal... Ele tá ficando rabugento e aora não solta mais a tv da sala) e agora, como novidade, Rebeca (filha de Eduardo). Eu adoro Rebeca. Eu só não gosto de muita gente fazendo barulho.

Domingo é o dia que eu escolho para tentar estudar. Ninguém estuda no Sábado. "Niguém estuda o Domingo"! É... Por mais que eu acorde com idéia de organizar os cadernos e ler os textos acadêmicos, estudar neste dia, como se pode ver, é praticamente impossível!

Eu já estou vendo que esse meu Domingo ainda vai ser pior. Porque eu estou mais abusada que normal. Estou chata mesmo. E não tem chocolate que me anime... Eu só queria a casa so pra mim... Só isso. Pra eu exercer meu egoísmo em paz.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Gente... Eu to sem criatividade.
é tanta coisa acontecendo tudo de uma vez...
Amanhã eu tenho seminário, entrega de projeto... pUtz... Acabei de lembrar que o ivro do projeto ficou com Rafa... Meu sogro faleceu essa tarde... To esperando alguma noticia de Magno... E perdendo gravação...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eu acabei de ver uma coisa muito engraçada. Um blog de quando eu tinha 15 anos. Eu era bem mais divertida que hoje... Apesar dos graves erros de concordância e ortografia, são textos ótimos. Quem quiser ler... www.dijadesesperada.blig.com.br

Eu tinha um leitor assíduo. Mu de Jamiel. Nunca mais tive notícia dele. Ravel, você que sabe... Diz aí. Mu era ótimo. Me incentivava bastante. Lia tudo, eu acho. E ainda levantava minha auto-estima, dizendo que adorava ler minhas coisas... Que eu era inteligente... Essas coisas...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Geração Saúde

Começou.
Pois é... Fiz aquele teste totalmente gripada e fanha. Passei. Sim, gostaram do meu rosto angelical e meu sorriso nordestino. Sei lá porque foi... Na verdade eu já estava sem eperanças de que iria passar neste negócio. Mas num belo dia em que eu faltei aula (tenho feito isso constantemente) meu celular tocou e eu não atendi. Briguei com a Murta. Ela podia ter atendido já que o celular estava do lado dela. Aí lá fui eu gastar meus cinco reais de bônus que a Oi me passa diariamente.
Não me lembro das palavras ditas por Ferdinando. Mas era algo assim:
_ Edja? Nós já terminamos a seleção e... Você passou!
Bem, eu não acreditei, né? Parecia uma adolescente pulando e gritando mudamente. Nem me pergunte o resto das coisas que ele falou. Eu fiquei tão feliz que eu não conseguia fazer mais nada além de pular e gritar mudamente. Enquanto eu fazia essa cena ridícula (com uma vassoura na mão) meus irmãos me apoiavam. Vitória insistia em ficar com o polegar de pé fazendo "legal" e pulando. Já Lucas dançava axé e gritava mudamente "Uhul".
Quando desliguei o telefone, todos nós pudemos gritar de verdade. Parecia que eu tinha passado no vestibular. E no meio da comemoração gritante minha mãe chega e casa. Ela não se mostrou muito empolgada. Nem ela nem Magno. Liguei pra ele e ele adivinhou o motivo da minha felicidade. Me parabenizou... Mas não em pareceu muito empolgado.
Na segunda-feira (dia 29) fui para a reunião de elenco. Conheci o pessoal. Conheci a proposta. Só nao conheci o cachê.
Muita gente relevante daqui. Para as crianças... Tinha a galera da "Agitada Gangue"... É! A diretora, Dani, é do Rio. Dirigiu a primeira temporada do programa e agora nós iniciaremos os trabalhos por aqui. Vai ser o primeiro programa nesse formato filmado por aqui, com atores e equipe tecnica daqui, para ser exibido em rede nacional.
Eu fiquei pasma em agora participar deste projeto junto com essas pessoas "pau" daqui. E o pessoal é bem gente fina. Pelo menos foi o que pareceu.
O programa vai ser tipo "Malhação", porém educativa. Vamos tratar de assuntos como: gravidez na adolescência, reeducação alimentar, DSTs, etc. Mas vamos tentar não tornar o programa brega. A história vai se passar numa escola particular, creio eu, e num quiosque na praia.
Eu vou ser Fátima. "15 anos, menina de classe média baixa, mora com os avós. Romântica e sonhadora, namora com Danilo e perde a virgindade com ele. Carla é sua melhor amiga".

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Frases soltas - parte I

"E de que serve um livro - pensou Alice - sem desenhos ou diálogos?"

"Gostaria de saber quantos quilômetros já caí a essa altura"

"Devo estar me fechando como um telescópio!"

" Ela em geral se dava muitos bons conselhos ( embora raramente os seguisse)"

"A minha história é um longo e triste rabisco."

" 'Quem é você?' disse a Lagarta. Não era um começo de conversa muito estimulante. Alice respodeu um pouco tímida 'Eu... eu... no momento não sei, minha senhora... pelo menos sei quem eu era quando me levantei hoje de manhã, mas acho que devo ter mudado várias vezes desde então.' "

" 'Se todo mundo cuidasse dos seus interesses' disse a Duquesa com um grunhido rouco 'o mundo giraria bem mais rápido.' "

" O Gato apenas sorriu quando viu Alice. Parecia de boa índole, ela pensou, mas não deixava de ter garras muito longas um número respeitável de dentes, por isso ela sentiu que devia ser tratado com respeito."

" ' Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui?'
'Isso depende bastante de onde você quer chegar', disse o Gato.
'O lugar não me importa muito...', disse Alice.
'Então não importa que caminho você vai tomar', disse o Gato.
'...desde que eu chegue em algum lugar', acrescentou Alice em forma de explicação.
'Oh, você vai certamete chegar a algum lugar', disse o Gato, 'se caminhar bastante' "
I

sábado, 23 de maio de 2009

Estou numa manhã pinga-pinga de sábado. Acordei tarde e isso não é bom. Claro... Estou pobre de tempo. É universidade, é Goya, é Savoir, é Canízio, é Inglês, é teatro, é Beliza, é escola pública. Eu adoro ocupar cada lacuninha de minuto que me resta. Mas confesso que me cansa bastante. Sexta passada eu faltei aula justamente porque fiquei fazendo minhas obrigações acadêmicas até as 10:00 da noite (detalhe que fora de casa). Tive um dia cheio nessa sexta, mesmo faltando. Próxima sexta (29-05) é a estréia de 1808 – a invenção do Brasil e não ensaiamos muito. Eu tinha separado o sábado pra colocar todos os meus estudos, pesquisas e fichamentos em dia. Só que devido a insegurança de todo o elenco da peça, teremos ensaio hoje novamente. E está chovendo. E Vitória vai ter apresentação da orquestra hoje. E está chovendo. E eu vou de ônibus. E eu não vou ver minha irmã tocar oboé pela primeira vez num teatro. Droga.

sábado, 9 de maio de 2009

08 de maio de 2009

Eu estou um caco hoje. Meu nariz entupido não consegue sentir nem cheiro ruim, muito menos me auxilia na minha respiração. Meus olhos estão pesados. Tem catarro na minha cara inteira. Minha voz... Er... Minha voz não é mais a mesma. Está meio que muito nasal. Pela manhã eu não consegui assistir aula (já tem sido difícil normalmente, imagine só com a cabeça latejando!) e vim logo pra casa. Pensei até em cochilar, mas logo o telefone tocou e a voz de um homem saiu do aparelho:
_ Por favor, Edja está? Aqui é da “Geração Saúde”.
Pelo que me lembro da minha boca só saíram alguns grunhidos fanhos. Eu até estranhei o “Edja”, já que quando liguei para a produtora me cadastrei como “Camila”.
(nasalmente) _ Oin, bode falã! Aqui ê Edja.
_ Olhe, seu teste está marcado para amanhã às duas horas, ok?
(nasalmente) _ Ahamm, onquei. Na frente da (grunhido) Europa, nê?
_ Isso mesmo! É importante que você chegue antes das 14. Você vai receber um pequeno texto pra decorar, certo? Então... Bom dia e até amanhã. Ah, não esqueça de avisar a sua amiga Bruna que é bom ela chegar mais cedo também.
(nasalmente) _Tá bommm. Bom dgian.
Desliguei e fiquei uns minutos processando tudo na minha cabeça dolorida. Foi então o cara da agência que me ligou pra confirmar o meu primeiro teste para uma mini-série! Uhul. E minha amiga Bruna Belmont também foi escalada para os testes. Eba! Finalmente... Eu pensei que eles não iam ligar mais. Vai ser amanhã.
Só que a minha voz fanha desgraçou o meu dia. Imagine só: eu sozinha com o câmera e o diretor, numa sala fechada. Eu, com os olhos inchados, tossindo pra morrer. Eu morrendo de vergonha por um espirro em hora errada com catarro em lugar indevido. Me desespero só em imaginar algo assim. Mas isso não está muito distante da realidade.
É por isso que eu fiz questão de comprar um balaio de comprimidos e mel e limão e alho e tudo que possa me fazer melhorar instantaneamente. Amanhã eu tenho que estar ao menos apresentável, oras.
Queria ao ir pra universidade amanhã. Pra me arrumar melhor e tentar melhorar. Mas para minha infelicidade eu tenho um maldito seminário de lingüística. E eu estudei? AH, QUE PERGUNTA IDIOTA!! São oito horas da noite e eu ainda sequer passei os olhos no texto base.
VOZ O ALÉM: Camiiiiila, vai estudaaaaaaar, senão você amanhã vai se dar maaaaal.
Voz do além brega!!! E clichê! To indo, to indo...